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Foto do escritorAlmanaque de Canela

1960 a 1969

Atualizado: 5 de ago. de 2024

Década de 60

Quando o ouro verde se esgotou

No início da década de 60, a madeira estava acabando e com ela acabava também o sonho de muitas famílias que apostaram seu futuro em Canela e passaram a vender o que possuíam para voltar às suas cidades de origem.

O trem que trazia para a cidade muitos turistas deixou de fazer o trajeto Porto Alegre - Canela em 1963, pois não havia mais madeira para carregar. As pessoas que subiam a serra optavam pelo transporte de ônibus, e as que tinham melhores condições financeiras usavam seus próprios automóveis. Durante 50 anos os donos de madeireiras pouco ou nada investiram na cidade, apenas extraíram a riqueza natural das grandes matas de pinheiro, deixando para trás uma terra devastada e estradas totalmente danificadas pelo grande fluxo de carretas e de caminhões usados para o transporte das madeira. As famílias passaram a mandar os jovens estudar na Capital ou no Vale dos Sinos. Nesse mesmo período, partindo de algumas lideranças locais, começou um movimento para a retomada

do prestígio que a cidade de Canela havia perdido. Alguns eventos sociais foram realizados no Esporte Clube Serrano como o Baile da Garota Turismo, Baile do Suéter, Baile de São João e, ao final de 1961, foi criado o evento chamado Festival da Serra, com programação diversificada que agradava a todos, cabendo ao Cônego João Marchesi a presidência e organização dos festivais. Canela precisava voltar a ser notícia.

 






1960

Turismo Religioso

A romaria da Festa do Caravaggio no dia 26 de maio de 1961 foi considerada a 1ª para o calendário turístico e religioso de Canela. A devoção à Nossa Senhora do Caravaggio foi trazida pelos imigrantes italianos chegados no Brasil a partir da segunda metade do século 19. 


 

História de Nossa Senhora De Caravaggio 

A história conta que a Virgem Nossa Senhora apareceu para uma mulher chamada Joaneta, esposa de Francisco Varoli homem de mau caráter que maltratava a mulher. Na tarde de 26 de maio de 1432, ela estava no campo em Mazzolengo (Itália) colhendo pasto para seus animais. Angustiada por ter de voltar para sua casa onde teria de suportar seu marido, Joaneta orou. Os suspiros e as invocações à mãe de Deus foram elevados e apareceu uma visão luminosa de uma mulher, vestida de azul com a cabeça coberta por um véu branco, de aspecto nobre, majestoso e amável. Grande alegria invadiu o coração de Joaneta e aliviou suas dores ao ver e ser consolada pela Virgem Maria. Uma fonte de água brotou no lugar onde pousaram os pés da virgem e a água passou a operar milagres. Em tempo de guerra, Joaneta tornou-se mensageira de Nossa Senhora e proclamou a mensagem de paz, primeiro em Caravaggio e depois aos governantes e às populações de Milão, Veneza e Constantinopla.

 




1961

A Brizoleta do Banhado Grande funcionou de 1960 a 1993 como Escola de 1º Grau Incompleto Tiradentes. Desde meados de 1990 abriga o Centro Ecológico da Escola Estadual Neusa Mari Pacheco, e tem como objetivo a relação dos alunos com a natureza e seus principais manejos, como conservação dos mananciais de água, atitudes do homem com meio ambiente, separação do lixo, preservação e reflorestamento, entre outros. A área em que está situada a Brizoleta é de quatro hectares e além das instalações da escola o local tem dois açudes, mato para piquenique, quadra de vôlei e campos de futebol.


Foco no Turismo

Canela, a Cidade das Hortênsias ganhou o Festival da Serra com festas, bailes e competições.


Inaugura o prédio do Colégio Marista








Na imagem aparecem os alunos da escola dos Irmãos Maristas já instalados em Canela. Houve a separação das escolas separando as moças dos rapazes. Ficou a cargo das irmãs Bernardinas a escolarização das meninas. Essa separação se manteve até o momento em que o Ginásio Nossa Senhora Auxiliadora fechou suas portas em 1975.


1963

Fim da Linha - Em 11 de março de 1963, o trem apitou pela última vez, deixando as pessoas desoladas. O ramal ferroviário fechou e com ele a movimentação de pessoas, de cargas e mercadorias e a alegre algazarra que a chegada e a partida do trem ocasionavam.


1964










Castello Branco

Humberto de Alencar Castello Branco foi o 26ºpresidente do Brasil, o primeiro do período da Ditadura Militar, tendo sido um dos articuladores do Golpe Militar de 1964. Os principais objetivos da intervenção militar eram acabar com os nacionalistas reformistas, representados pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o projeto das Reformas de Base do governo de João Goulart, e institucionalizar a Ditadura Militar através dos atos institucionais.




Inaugurado o Parque do Caracol em 12 de janeiro por ocasião do encerramento do 2° Festival da Serra, pelo Governador Engenheiro Ildo Meneghetti e o Prefeito Henrique Adolfo Spindler.

 



Marly Varas de Andrade, filho do dono do Hotel Central vence o primeiro Tiro de Laço durante o Segundo Festival da Serra.

1965

O adeus a Danton Corrêa

Em 15 de março, aos 70 anos, morre Danton Corrêa da Silva. Filho de João Corrêa, o fundador de Canela, e de Dona Maria Luiza Burmeister Corrêa, Danton, entre tantos feitos políticos e sociais, liderou o movimento emancipacionista junto de Pedro Sander, Nagibe da Rosa, Attilio Zugno e Pedro Oscar Selbach conquistado em dezembro de 1944. Nas primeiras eleições que ocorreram em Canela, 1947, Danton Corrêa foi eleito prefeito da cidade pela maioria: dos 1.947 eleitores, 1.064 deram seu voto de confiança a ele. Tomou posse em 1° de janeiro de 1948 e, entre suas primeiras realizações esteve a ampliação da Praça João Corrêa, o calçamento de diversas ruas e a abertura de estradas no interior de Canela. Ao terminar seu mandato como prefeito, elegeu-se vereador com um expressivo número de votos. E, em 8 de novembro de 1958, foi novamente escolhido para ocupar a cadeira principal da Prefeitura. Realizou muitas obras, inaugurou escolas e igrejas, ajudou a cidade a crescer e a se promover ao mesmo tempo em que administrava o Grande Hotel Canela ao lado de sua esposa Anita Franzen Corrêa. Deixou os filhos Álvaro e Lecy de sua união com a primeira esposa, Maria Bento e João Carlos, Darja Marilena, Myrna Aquiléa, Regis Danton, Luiz Fernando e José Agnello de seu casamento com Anita.


1966



 










1969



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