A Família Zanatta
Contada por Luciana Zanatta
Jornalista e Relações Públicas
Silvino Rafael Zanatta e Liduvina Schimitt Zanatta casaram em 1913 e constituíram uma família linda, com sete filhos, sendo eu, Luciana, a neta mais nova.
O Nono, como todos carinhosamente o chamavam, era um verdadeiro patriarca cuidando dos filhos e sendo o conselheiro de todos até o fim da vida. A lembrança que tenho dele é de um homem duro, correto e apaixonado por crianças. Sempre tinha uma gracinha para dizer e um carinho a fazer nos seus mais de 30 netos.
Morou no Muniz, localidade de São Francisco de Paula, onde trabalhava com agropecuária, e em 1940 veio para Canela, onde passou a trabalhar na empresa Celulose, hoje Rio Jordão. Logo se tornou diretor da mesma e, com sua constante inquietude, pois era um visionário, instalou o Moinho Zanatta, um açougue e uma serraria, além de seguir com a agropecuária, onde os filhos aprenderam as responsabilidades da vida, trabalhando desde muito cedo. Uma de suas maiores contribuições para a cidade foi o quanto ajudou na construção da Catedral de Pedra.
Meu pai, Rudy, se achou no ramo da Serraria e, quando o Nono se aposentou, seguiu com a empresa e com agropecuária. Em 1954 casou-se com Maria Inêz Boeira, filha de Maria Izabel e Antonino Boeira, que também era diretor da Celulose e trabalhava com agropecuária. Além disso, o Sr. Boeira, assim o chamavam, era muito dedicado à comunidade, fazendo parte da criação do Clube Serrano, do CTG Querência e em tantas outras ações.
Os filhos de Silvino e Liduvina moraram em Canela a vida toda e, os netos, alguns também escolheram por aqui ficar como a Mara, filha de Alcida; a Débora, filha do Normândio e Silvana, que reside em Porto Alegre, mas representou Canela no Miss RS nos anos 70; Margarida (que foi secretaria de turismo da cidade e, em 2019 responsável pela reforma interna da Catedral de Pedra), Bete e Jorge (que tem a concessão da rodoviária), filhos de Amélia; os filhos de Jacó, mantém laços com a cidade e Maurício recentemente se instalou novamente aqui com investimentos no ramo imobiliário. Rosa Maria, residente em Caxias do Sul, foi rainha de um importante evento que não existe mais, a Festa das Hortênsias; já todos os filhos de Nilo aqui residem: Júlio (que teve a pizzaria Bocatta, que era ponto de encontro da galera cultural, no trem, antes deste virar Estação Campos Canella), Mauro, Zuza, Biti, Carlinhos e a Flavia (já falecida, mas que também muito contribuiu com a cidade, sendo, inclusive, presidente ACIC). Nilo e seus filhos tiveram a Papagaia, na década de 70, que a noite era boate, a grande atração para os jovens e churrascaria, aos domingos. Alguns bisnetos também escolheram morar em Canela, como a nutricionista Gabriela, neta de Normândio e, Vitor, neto de Jacó, que recebe a todos, com carinho, no Santo Bistro.
Dos descendentes de Antonino e Maria Izabel, das filhas de Teresa, apenas Marilúcia, que tem um conceituado consultório odontológico mora em Canela; e dos filhos de Lourdes, apenas a Marília, que tem o Vila Suzana Parque Hotel, segue por aqui.
Do casal Rudy Zanatta e Inêz Boeira, todos seguem na cidade.
Então, dos descendentes Zanatta e Boeira, alguns permanecem na cidade e outros ganharam o mundo, mas todos mantêm uma forte ligação com Canela, pois são sentimentos que foram passados de geração em geração e permanecem vivos, até mesmo nos tataranetos dos dois casais.
Este texto teve a colaboração da tia Amélia e da prima Margarida Zanatta Weber que contaram suas lembranças.
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