O Prédio Selbach
Este prédio construído no estilo Art Déco, que era moda nos anos 50, foi feito pelo Banco Industrial e Comercial do Sul, ex Banco Pfeiffer, bem onde antes era o Armazém de Willy Fleck, em frente à Praça João Corrêa. O Sr. Selbach, com um dos filhos, José Ary, assumindo o cinema e outros negócios, gerenciou também a agência do Banco. Em 1972, com a fusão de vários bancos a agência mudou-se para novo endereço e o filho Carlos Adyr Selbach que na época era o gerente e residia no pavimento superior, acabou por comprar o prédio em 1973.
A partir de 1973 o pavimento térreo passou a ser ocupado pelo Fórum de Canela que aí permaneceu até o ano de 1996, quando então se mudou para prédio próprio e construído com este fim. No mesmo ano o espaço térreo foi alugado para a Imobiliária Realiza, que permanece no local até a data de hoje. Carlos Adyr Selbach foi casado com Lecy Selbach e tiveram três filhos: José Carlos, Vera Luci e Ana Marisa, herdeiros proprietários do prédio, sendo que Vera Luci passou a sua parte, em vida, para a filha Vanessa. A paisagem urbana de Canela tem neste prédio, uma de suas importantes referências históricas, seja pela arquitetura de uma época, seja pela importância de seus usos e, também de seus ocupantes, formado por uma família que sempre participou dos principais momentos da construção deste município.
A História do Prédio do Santander
O início da década de 1950 foi o período de maior expansão de agências nos municípios gaúchos. Canela recebeu a agência do Banmércio em prédio próprio de dois pavimentos, na esquina da Av. Júlio de Castilhos, com a Rua Augusto Pestana. Em 1972 funde-se com o Banco da Província e o Banco Industrial e Comercial do Sul, dando origem ao Banco Sulbrasileiro. Em fevereiro de 1985 o Sulbrasileiro sofreu intervenção do Banco Central do Brasil e, por pressão dos políticos gaúchos, em maio do mesmo ano a União criou o Banco Meridional do Brasil, com a desapropriação das ações do Sulbrasileiro por meio de decreto-lei federal. Como parte do patrimônio, o Banco Meridional recebeu do Sulbrasileiro cerca de 15 mil itens, incluindo 5 mil terrenos em dez praias e 90 mil hectares de propriedades rurais. Em janeiro de 2000, o Banco Santander comprou o Banco Meridional e o prédio de Canela, entrou nas negociações passando a ser propriedade desta Instituição.
O Edifício do Ginásio Nossa Senhora Auxiliadora
Mais uma construção grandiosa estava em andamento no mesmo estilo arquitetônico Art Déco. Era o edifício do Ginásio Nossa Senhora Auxiliadora que começou a ser idealizado em 1945, por iniciativa do Padre João Marchesi, quando começaram as escavações e terraplanagens para os alicerces no mesmo local onde era a Casa Paroquial, que foi demolida. Logo após o final da 2ª Guerra, o Padre lançou o Livro de Ouro - que se encontra nos anexos do Livro Tombo- com a lista dos donativos, para a construção. Durante os anos de 1949 e 1951, um grupo de senhoras da comunidade promovia mensalmente almoços em benefício do Colégio, pois a população tinha pressa de ver a obra finalizada. Foi projetado com três andares e era a maior edificação de Canela. No terceiro piso ficava a clausura, de uso restrito das irmãs Bernardinas. Neste mesmo piso ficava uma pequena capela frequentada diariamente pelas irmãs e por alunas que quisessem rezar. Também abrigava o dormitório das juvenistas e o alojamento das alunas internas vindas de outras cidades e algumas alunas bolsistas que frequentavam a escola e dormiam no alojamento. O segundo piso era composto por salas de aula, a secretaria, o corredor e banheiros. As salas de aula tinham grandes janelas de vidro, muito bem ventiladas e o piso do corredor era de ladrilhos de madeira formando mosaicos. No primeiro piso inicialmente funcionava a Marcenaria do Tomielo, montada ali para que fossem feitas as esquadrias e outros materiais de madeira para a construção. Após a conclusão dos trabalhos, o primeiro piso passou a ser usado como salão de eventos, festas, reunião de pais e professores e outras atividades escolares.
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