1900 a 1909

1903

João Corrêa adquire terras no Campestre

Aproximadamente 20 anos depois de ter conhecido e se apaixonado pelos campos e matas da região, o Coronel João Corrêa Ferreira da Silva comprou do Capitão Felisberto Soares de Oliveira, uma área de 19.862.950 m² em Canela. Cinco anos depois, em 1908, finalmente consegue comprar de Ignácio Saturnino de Moraes mais 18.968.000 m². Com essa quantidade de terras, tornou-se praticamente o dono do Campestre Canella.

Uma das primeiras serrarias

Pedro Franzen, que já era proprietário de uma Serraria na Sesmaria Machado, em Carlos Barbosa, visitou o Caracol em 1903, acompanhado de João Corrêa, que sugeriu a ele que instalasse sua serraria lá, “...pois é um lugar onde tem grandes pinheirais e pretendo trazer o trem até aqui e promover o desenvolvimento”.

Franzen se animou e comprou cinco mil hectares de terras, prevendo a possibilidade de prosperar e fixar ali sua família. O percurso, na zona rural de Canela, seguia o traçado das primeiras picadas que davam passagem aos desbravadores, a pé ou a cavalo, que subiam do Caracol em direção ao Campestre Canella e que depois deram espaço às carretas de mulas e, bem mais tarde, aos caminhões, na tarefa de puxar as toras de madeira para comercialização. Quase tudo era carregado em lombo de mulas ou em carretas puxadas por bois e era comum as tropas de gado passarem no meio das casas.

Os Casarões do início do século

Animados pelos sinais de prosperidade, as famílias começaram a construir e se instalar no jovem povoado. Foi a época que surgiram os famosos casarões, como a Casa Wortmann, a Casa Opptiz e o Castelinho do Caracol.

1908

A primeira escola de Canela

Foi em uma pequena casa de madeira, localizada nas imediações do Saiqui, que começou a funcionar a primeira escola de Canela. As terras haviam sido herdadas pelo professor Carlos Wortmann de seu sogro, o Capitão Felisberto Soares. Segundo os cadernos de registro, as aulas tiveram início em 18 de junho de 1908, tendo Wortmann como professor e cerca de 30 alunos.