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Foto do escritorAlmanaque de Canela

Pedro Nunes e a Cascata do Caracol

Atualizado: 18 de dez. de 2024



Pedro da Silva Nunes era um homem visionário e empreendedor. Apesar de levar uma vida modesta, morando com sua família em sua pequena casa de madeira, era dono de uma das mais belas áreas do Rio Grande do Sul. A Cascata do Caracol era toda sua, e foi para cuidar e preservar sua terra que se doou, de corpo e alma, cada dia de sua vida.

Entendeu que já naqueles idos tempos do começo do século passado, as pessoas procurariam o Caracol por suas belezas naturais e seu clima favorável às curas físicas, mentais e espirituais. O lugar era tão lindo que, apesar das dificuldades de infraestrutura, em seguida os hotéis começaram a se instalar por ali.


A falta de energia elétrica não foi problema para Pedro Nunes, que prontamente desenvolveu uma solução: contratou engenheiros e construtores para fazer uma barragem no Arroio Caracol. Parte das águas foi desviada e construíram uma hidrelétrica, colocando postes e fiação em toda a vizinhança. Assim, por iniciativa de Pedro, os 4 hotéis, as casas de veranistas e de todos os moradores locais ganharam moderna iluminação elétrica.


Com a ajuda de seus 5 filhos: Ivo, Ivone, Nilo, Nelson e Ênio, Pedro Nunes e sua esposa Irma continuaram a trabalhar por muitos anos para receber os turistas, que apareciam, atraídos pela natureza e as quedas d’água do Caracol.


E assim foi durante três décadas, de 1930 até o final dos anos 50, quando o Governo do Estado, percebendo o valor, a beleza e grandiosidade da nossa Cascata, desapropriou seus legítimos donos deste local, para criar o mais importante e visitado Parque do Estado, o Parque Estadual do Caracol. Pedro morreu em 7 de dezembro de 1955.


A casa existente dentro do Parque, antiga moradia de Pedro Nunes e sua família, abrigou por muitos anos a sede do Projeto Lobo Guará.


Contado por Vera Brocker Boeira, neta de Pedro Nunes.

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